Se
você não tinha animais de estimação antes, a especialista em animais Nikole
Gipps sugere esperar até que a criança tenha pelo menos 3 anos, para aí sim
comprar ou adotar um cão ou um gato. Um dos motivos é que a chegada de um bicho
de estimação em casa dá trabalho, e crianças pequenas dão mais trabalho ainda,
por isso a confusão pode ser grande demais de uma vez só para a família.
Além
do mais, quando o novo mascote chega em casa, sempre há um período de
adaptação, durante o qual certamente vão acontecer acidentes.
É
importante, portanto, que a criança tenha certa maturidade para lidar com o
comportamento desconhecido do novo animalzinho. E saiba que só dá para contar
com a ajuda da criança em relação aos cuidados com o bicho de estimação quando
ela tiver no mínimo 7 ou 8 anos.
Outra dica: em vez de um filhote, pense na possibilidade de ter um "jovem adulto", um cão ou gato de entre 1 e 5 anos. Nessa idade, os bichos já estão mais calmos, e ao mesmo tempo não são tão frágeis como quando eram filhotinhos. É uma ótima oportunidade para adotar um bichinho, em vez de comprar.
Quando
for adotar, pergunte às pessoas responsáveis pelo animal como é o comportamento
dele com crianças. Você pode pegar um sobrinho um pouco mais velho que seu
filho "emprestado" para ver como o cachorro ou gato se comporta com
uma criança. Se o bichinho já tiver morado em uma casa com crianças (e sem
problemas), melhor.
Que
tal um teste para você aplicar na hora de conhecer o animal? Veja como ele
reage a barulhos altos e a carinho -- que, feito por crianças, não costuma ser
muito leve.
No
caso de um cachorro, mexa nas orelhas dele, devagar. Apalpe as patinhas,
coloque o dedo dentro da boca dele até encostar na língua, mexa no corpo todo.
Corra em círculos em volta dele e pule, para ver o que ele faz.
Com
gatos, experimente pegá-lo no colo, fazer carinho e mexer nas patas. Você vai
precisar de um animal de estimação que aceite esse tipo de manipulação sem
ficar nervoso ou assustado demais.
Se
o que você tem em mente é um filhote de raça, a dica é prestar atenção no
comportamento da mãe e no do pai, se possível. Peça ao canil para vê-los. Se
eles forem tranquilos, é provável que os filhotes também sejam.
O
temperamento do bicho depende muito mais do próprio animal do que da raça, mas
existem certas raças que são mais adequadas. Pesquise sobre a raça e sobre sua
necessidade de espaço, exercício e companhia.
Em
geral, os labradores, golden retrievers e cocker spaniels são bons cães para a
família, porque gostam de muito carinho. Por outro lado, têm bastante energia,
e quando filhotes seus dentes são afiados.
Cães
de raças pequenas tendem a ser mais frágeis, e às vezes não gostam de crianças,
por puro instinto de autopreservação. Mas sempre há exceções. Cães pastores,
como o border collie, podem correr atrás das crianças e mordiscar os
calcanhares delas -- de novo, podem, mas tudo depende do jeito do animal.
Alguns
toques sobre gatos: o mais comum é os machos tolerarem melhor as crianças que
as fêmeas. Procure adotar apenas gatos domesticados: pegar um gato adulto da
rua, quando há crianças em casa, pode não dar certo, porque é grande a chance
de o animal se sentir infeliz.
Lembre-se
de, durante a gravidez, tomar precauções extras na hora de trocar a caixa de
areia do gato, para evitar a toxoplasmose.
E
sempre, sempre supervisionar as brincadeiras do seu baby com o animal até eles
se adaptarem. Lembre-se de ensinar a criança o que ele pode e não fazer, afinal,
não queremos que o bebê e nem o animal se machuquem.
Obs:
Com crianças pequenas, é preciso estar sempre alerta. Um estudo publicado pela
revista Pediatrics mostrou que bebês de até 1 ano são as maiores vítimas de
mordidas de cães (a maioria cachorros domésticos, que foram provocados sem
querer).
Fonte:
http://brasil.babycenter.com/toddler/seguranca/bichos-estimacao/
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