O
tratamento vai depender da gravidade da ferida e do animal responsável pelo
acidente. A primeira coisa a fazer, em qualquer caso, é lavar bem a área e
tentar estancar o sangue, fazendo pressão sobre o ferimento com um pano limpo
ou com gaze.
Se,
com alguns minutos de pressão, o sangramento não parar, leve a criança ao
pronto-socorro. Também será necessário levá-la ao hospital se a ferida for no
rosto ou no pescoço, ou se parecer profunda, em qualquer parte do corpo, porque
pode exigir pontos.
No
caso de ferimentos leves, simplesmente lave a ferida, e só a cubra se ela
estiver em uma área propensa a entrar em contato com a sujeira.
Procure
saber imediatamente qual foi o animal que feriu seu filho. Ele terá que ser
observado por um período de dez dias para afastar a possibilidade de raiva.
Meu filho vai ter de tomar vacina anti-rábica?
Se
ele tiver sido mordido ou arranhado por um cachorro ou gato domésticos,
vacinados, conhecidos e que possam ser observados por dez dias, o tratamento
para prevenir a raiva provavelmente não será necessário.
Peça
ajuda ao Centro de Controle de Zoonoses da sua cidade (ligado às prefeituras)
se o cachorro for de rua e você souber onde ele está, ou se tiver sido
capturado. Os especialistas vão levá-lo e observá-lo. Se o animal tiver sido
morto, o CCZ pode fazer exames em laboratório para saber se ele tem a doença.
Caso
o animal que mordeu a criança seja desconhecido, ou não possa ser observado, a
necessidade do tratamento vai depender da gravidade do ferimento e da
ocorrência de casos de raiva na região em que você mora. Peça orientações ao
seu médico ou leve seu filho ao hospital mais próximo.
A
raiva é uma doença cada vez menos comum no Brasil (foram 44 casos em 2005,
segundo o Ministério da Saúde), mas, como é fatal, todo cuidado é pouco. O
tratamento profilático é indicado no caso de o animal estar apresentando
sintomas estranhos, quando a mordida for de morcego, ou então no caso de
mordida de cão ou gato desconhecidos em região considerada de raiva
não-controlada.
O
tratamento para evitar a raiva é gratuito e é feito com uma série de injeções.
Em crianças de menos de 2 anos, elas podem ser dadas na perna.
Mordidas
de animais também podem transmitir tétano, mas a vacina contra a doença faz
parte do calendário nacional de imunização, dada os 2, 4 e 6 meses, por isso é
provável que seu filho já esteja protegido. A vacina antitetânica também tem
duas doses de reforço: entre os 15 e 18 meses e entre os 4 e 6 anos.
E se a mordida ou o arranhão infeccionarem?
A
saliva de cães e gatos possui vários tipos de bactérias e vírus, por isso a
infecção é possível. No caso de uma ferida maior, é aconselhável consultar o
médico para saber se será preciso tomar antibióticos para evitar uma infecção
(isso vale também para quando o autor da mordida é um animal da espécie Homo
sapiens -- ou seja, outra criança!).
Quando
o ferimento é bem superficial e pode ser tratado em casa, é bom ficar de olho
nele. Qualquer sinal de infecção merece uma ida ao médico. Os sinais de
infecção são:
Aumento
do inchaço, da vermelhidão ou da sensibilidade na área
Presença
de pus
Febre
acima de 37,7 graus
Linhas
vermelhas em torno da ferida ou sensação de quentura
Meu filho vai ficar traumatizado?
Levar
uma mordida é uma experiência assustadora para uma criança, ainda mais porque
cachorros e gatos tendem a atacar na região da cabeça. É possível que seu filho
comece a ficar nervoso na presença de animais, ou que tenha pesadelos.
Se
o ataque tiver sido muito violento, seu filho pode precisar de ajuda
psicológica para superar o trauma.
Fonte:
http://brasil.babycenter.com/baby/protecao/mordidas/
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