Tenha
sempre em mente que a babá vai trabalhar dentro da sua casa, muitas vezes
quando você não estiver presente. Sendo assim, desde o princípio converse
abertamente sobre o que deseja e o que não gosta, para que ninguém diga depois
que não sabia as regras.
Pense
nas situações mais óbvias, como fumar ou receber visitas pessoais, e em outras
mais sutis, como beijar seu filho ou deixá-lo na frente da televisão, e
explique direitinho como se sente em relação a elas. Deixe tudo claro e observe
como a babá responde às suas ponderações.
Procure
manter, desde o início, a relação de vocês no nível profissional. Respeite-a
profissionalmente como você agiria com um subordinado seu na empresa, por
exemplo, e ao mesmo tempo exija o mesmo respeito.
Como saber ao que ela tem direito?
O
site do Ministério do Trabalho possui uma área dedicada à legislação sobre
empregados domésticos, que você pode consultar para tirar suas dúvidas.
Fora salário, quais são os assuntos mais importantes
para combinar?
Alguns
tópicos precisam ser conversados, por mais desagradável que seja mencioná-los
para uma pessoa que você acabou de conhecer. Não tenha vergonha de ser
específica sobre como quer que seu filho seja cuidado e como a pessoa deve se
comportar na sua casa.
Afirme
as regras com clareza, mesmo que pareça óbvio demais. Diga com todas as letras
que o bebê não deve ser deixado sozinho em casa nunca, mesmo que esteja
dormindo, mesmo que seja só por um instantinho. Assim você evita o: "Mas
você nunca disse que não podia...".
Vida
social:
Deixe
claro que não deseja que a babá receba visitas na sua casa sem o seu
consentimento prévio. E muito menos que leve seu filho junto para visitar
alguém.
Quanto
a telefonemas, o uso de um celular próprio elimina a questão de custos para
você, porém pode criar problemas se as ligações forem frequentes durante o
horário de trabalho, deixando o bebê por conta própria.
Algumas
famílias preferem que só telefonemas essenciais sejam feitos, enquanto outras
não se incomodam com conversas pessoais com moderação. Seja razoável, mas diga
sempre o que acha.
Privacidade:
Babás
exercem um cargo de confiança, tendo acesso a todo tipo de informação pessoal
sobre você e sua família. Fale abertamente que não deseja que sua vida privada
faça parte de rodas de conversa no pátio do seu prédio ou no banco da pracinha
mais próxima.
Tenha
você também discrição quanto ao que deixa à mostra pela casa, evitando esquecer
contas de cartão de crédito abertas na mesa ou correspondência do banco no
criado-mudo.
Disciplina:
Para
o sucesso da relação, é fundamental que você e a babá tenham formas semelhantes
de reagir ao comportamento da criança. Comente, por exemplo, que qualquer tipo
de punição física está completamente descartada na sua casa, e explique bem
como você e seu companheiro procuram controlar as variações de humor do seu
filho.
Fumo:
A
maioria dos pais prefere que ninguém fume dentro de casa ou perto do bebê.
Alguns não se importam se a babá fumar no jardim quando as crianças estiverem
dormindo. Esclareça, desde o princípio, o que você não tolera.
Comunicação:
Estabeleça
uma rotina para se comunicar com a babá e saber o que está acontecendo com seu
filho. Se tiver disponibilidade, telefone e pergunte se ele comeu bem, a que
horas dormiu etc., ou pegue o "relatório" ao vivo quando encontrá-la,
no fim do dia.
Se
você só cruza correndo com a babá, ou nem a encontra, uma opção é fabricar uma
pequena agenda, parecida com as usadas em berçários, para que a profissional
preencha todos os dias, com mais facilidade. Você pode colocar espaços para
informações como: a que horas dormiu e acordou, o que comeu, se comeu bem ou
não, se fez cocô, se o cocô estava normal. Aí é só imprimir e mandar
encadernar.
O que fazer para que a babá dê certo?
A
verdade é que o assunto não se encerra uma vez que você encontre uma pessoa de
que goste. Para que a relação funcione, além de boas referências, jeito com o
bebê e disposição para ajudar da parte dela, você precisa ser uma boa
"chefe".
Converse
bastante com a babá, explique em detalhes como cuida do bebê, o que pode e não
pode ser feito na sua casa e como entrar em contato com você ou seu parceiro em
caso de emergências.
Tenha
também sempre disponível o número do pediatra e de outras pessoas que podem ser
acionadas.
Procure
não sobrecarregá-la com outras tarefas da casa, como limpar a cozinha ou
adiantar o jantar. Se para você é difícil cozinhar e olhar o bebê ao mesmo
tempo, para ela também será, e crescem as chances de algo sair errado.
É
preciso combinar de antemão o horário de trabalho durante a semana e se ela vai
ajudar também nos fins de semana. Nesse caso, já vá pensando no que vai fazer
nos dias de folga dela.
No
período inicial, é interessante que a babá seja supervisionada por outra pessoa
-- uma outra empregada ou algum parente. Nem sempre é possível, mas essa é a
situação ideal.
Outra
coisa a que os pais devem estar atentos é a manter a hierarquia. Por mais
experiente que seja a babá e por mais inexperientes que sejam os pais, eles é
que devem decidir as condutas com o bebê.
Mesmo
que o bebê se adapte muito bem à babá, é provável que ele ainda sinta sua falta
e demonstre na hora que você sair para trabalhar. Isso não quer dizer que ele
não gosta da babá. Por outro lado, se ele abrir um grande sorriso ao vê-la
também não significa que já não liga mais para você.
Respeite
a relação entre os dois, mas procure ter no final do dia um tempo especial para
dedicar ao seu filho. Diga o quanto teve saudade, segure-o no colo e encha-o de
carinho.
Fonte:
http://brasil.babycenter.com/baby/volta-ao-trabalho/regras-baba/
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