Observar
a criança aprender a falar é uma das experiências mais incríveis de ser pai e
mãe. Há crianças que disparam a falar e lá no meio aparece uma palavra
inteligível. Outras aprendem a dizer uma palavra de cada vez, aumentando o
vocabulário aos poucos, meticulosamente. Outras ainda usam um termo sem parar,
por semanas, e depois o esquecem.
Todas
essas variações são normais. O que você pode fazer para ajudar é descrever tudo
e mais um pouco. Não só as coisas, mas também sensações: "Viu como o chão
está quente?" ou "Olha só que pêlo macio!".
Quando
der uma volta com seu filho, andando ou no carrinho, aponte para as coisas e
diga o nome delas. Procure usar palavras normais, e não só apelidos fofinhos.
Logo ele vai tomar gosto e começar a mostrar e nomear as coisas sozinho.
Se
seu filho ainda não falar muito, converse com ele usando frases curtas,
principalmente se ele parecer confuso quando você lhe faz perguntas ou pede
para fazer alguma coisa. Em vez de dizer: "Você não está com fome? Por que
então não come a bolacha?", diga apenas: "Coma a bolacha".
Outra
dica é usar afirmações ("Coma direitinho") em vez de frases negativas
("Não jogue a bolacha no chão!"). Lembre-se que escutar é fundamental
para a aquisição da linguagem. Se seu filho sofre com otites ou se você
desconfiar de algum problema de audição, não deixe de falar com o pediatra.
Ponha seu filho para desenhar!
Nesta
idade, as crianças adoram criar obras de arte. Se da primeira vez que você pôs
um giz de cera na mão do seu filho ele fez rabiscos pela folha toda, agora pode
ser que ele consiga controlar o desenho melhor, ocupando espaços diferentes do
papel e talvez até tentando fazer círculos.
Caso
você ainda não tenha tentado, não há problema. Se conseguir, arranje um papel
mais grosso e grude-o na mesa com fita adesiva. Giz de cera é melhor que lápis,
pois traz menos risco de machucados. Prefira os grossos, pois os finos vão
quebrar muito rápido.
Outra
alternativa é giz, para riscar a calçada ou o quintal. Giz molhado pode ser
usado no papel e não solta tanto pó.
Quando
sair para um passeio, ou for brincar lá fora, você pode recolher folhas e
pedrinhas junto com seu filho, para depois fazer uma colagem em casa.
Nada de texturas esquisitas
Seu
filho não gosta muito de pisar descalço na areia? Nem na grama? Como ele está
percebendo melhor as sensações, começa a reclamar se elas são muito diferentes.
Pelo mesmo motivo, pode começar a recusar alguns alimentos, menos por causa do
sabor e mais pela textura na boca. Pudim, gelatina e purê, por exemplo, podem
ser vítimas.
Há
crianças que não gostam de ser penteadas, outras que reclamam que a roupa
incomoda. Procure ceder um pouco: arranje roupas que não apertem, use
condicionador para facilitar a tarefa de pentear, distraia a criança com outra
atividade na hora de arrumar o cabelo, ou brinque de cabeleireiro com ela.
Só
não esqueça de ir trabalhando para diminuir o incômodo. Quanto mais a criança
se acostumar com as sensações, mais fácil será a vida de todo mundo.
Caminhando com firmeza
Mais
de 90% das crianças já andam ou estão prestes a aprender a andar com esta
idade. Agora é questão de ficar mais firme. De andar para subir em tudo o que
aparecer pela frente é um pulo. Seu filho vai querer subir na cadeira sozinho.
Outro
possível "feito" é querer pular a grade do berço. Certifique-se de
que o estrado está na posição mais baixa possível, e nunca deixe a grade
abaixada. Caso seu filho consiga escapar mesmo assim, talvez você já tenha que pensar
em passá-lo para uma cama.
Se
ele já anda firme, você pode ensiná-lo a pular em um pé só, como saci. Segure-o
pelas mãos e mostre como fazer. Ele vai se divertir tentando imitá-la, embora
no começo acabe pulando com os dois pés mesmo.
Você
está preocupada porque seu filho não parece interessado em andar? Converse com
o pediatra, pois só ele pode identificar se há algum motivo especial para o
atraso.
Enquanto
isso, continue fazendo muita festa a cada passinho, e experimente dar alguma
coisa para seu filho segurar enquanto tenta andar. Muitas vezes isso ajuda com
o equilíbrio e distrai a criança.
O reino do eu-sozinho
Você
já mora nessa terra? Ele quer fazer tudo sem ajuda? É claro que algumas coisas
não dá para deixar, mas outras você pode permitir que ele faça, mantendo-se por
perto para ajudar se necessário.
A
hora da refeição é uma boa oportunidade para dar à criança certa autonomia,
deixando-a levar a colher à boca sozinha (apesar da sujeira!).
Talvez
seu filho comece a demonstrar preferência por uma das mãos, mas ainda vai
demorar um bom tempo para você saber se ele é destro ou canhoto.
Por
essa época é provável que a criança comece a não querer fazer uma das sonecas
diurnas, normalmente a da manhã. É um período de transição que pode ser difícil
para toda a família, até que todo mundo se adapte aos novos hábitos.
Desobediência pura e simples
Você
diz "Não pode mexer aí", ele olha bem para você e mexe? É duro não
ficar irritado com tamanha cara de pau, mas os especialistas aconselham que
você ignore esse tipo de comportamento (na prática, finja que não viu), em vez
de dar uma senhora bronca. Isso evita que tudo vire motivo para um confronto
entre vocês dois.
A
questão é que nesta idade a criança ainda está adquirindo autocontrole. Ela
quer tudo aqui e agora. Por isso vai pedir a água naquele copo específico, vai
querer usar sandália num dia de frio e não haverá Cristo que a convença do
contrário. Tudo porque ela quer que seu mundo seja previsível, já que assim ela
se sente muito mais segura.
Por
incrível que pareça, carinho e contato físico, além de muita calma, são o que
mais resolve nessas situações. Mostre o quanto ficou feliz se ele finalmente
concordar com você, mas esteja preparado para mudar rápido de assunto para
tentar evitar um drama ainda maior.
Lembre-se
de que esse tipo de escândalo faz parte do desenvolvimento do seu filho. Eles
tendem a acontecer quando a criança está cansada, com fome ou excitada demais.
Às vezes ele só quer é atenção. Nesse caso, dedique um tempinho para um abraço
e um bate-papo que as coisas devem melhorar.
Mais simpatia
A
fase de estranhar pessoas desconhecidas começa a melhorar. A criança passa a
criar relações específicas com outras pessoas que não só o pai ou a mãe. Fica
mais fácil para ela fazer amizade com a professora nova ou dar tchau e sorrir
para as pessoas na rua.
Fonte:
http://brasil.babycenter.com/toddler/desenvolvimento/dezessete-meses/
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