Seu
filho está fascinado com a palavra "não"? Ele provavelmente acabou de
descobrir que tem vontades e desejos e quer exercitar isso, explica Susanne
Denham, professora da Universidade George Mason (EUA) e autora do livro
"Emotional Development in Young Children" (Desenvolvimento emocional
das crianças pequenas).
Essa
"fase do não" muitas vezes chega sem aviso, deixando os pais
perplexos, e pode desaparecer tão de repente como apareceu. Nesse meio tempo,
há algumas maneiras para você lidar com isso.
Ofereça opções
Chega
a noite e você diz: "Vamos pôr o pijama?". A resposta inevitável é:
"Não!". Dar opções é a melhor maneira de evitar esse tipo de
aborrecimento. Deixar seu filho escolher entre duas possibilidades é o
suficiente nesta fase, quando ele ainda é pequeno. "Você quer pôr o pijama
branco ou o vermelho?" "Quer suco ou leite?" "Hora de
escolher! Quer guardar seus bloquinhos de madeira ou seus bichos de pelúcia?".
Essa
técnica pode ser usada para tudo, desde o que vestir até na hora de resolver
brigas: "Você quer brincar de um jeito legal com o João ou quer brincar
sozinho?". "A aplicação dessa estratégia poderá evitar grandes
aborrecimentos", garante o pediatra Paulo Sérgio de Barros Ferreira, do
Conselho Médico do BabyCenter.
Contar
até dez também ajuda crianças indecisas de vez em quando: "Vou contar até
dez e você escolhe, ou então eu escolho para você". Seu filho
provavelmente vai tomar uma decisão antes mesmo de você sair do
"um..." – mas use esta tática com economia, como último recurso, pois
ela perde a força se você exagerar.
Lembre
também que você sabe mais que seu filho e que praticamente tudo pode ser
transformado em opção. Por exemplo, você pode perguntar: "Quer ir embora
do parquinho agora ou prefere brincar mais dois minutos e depois ir
embora?" De qualquer maneira, ele vai ter de ir embora.
Ensine outras respostas
Muitas
vezes os pequenos insistem no "não" porque não conhecem outras
palavras. Nesse caso, ajude seu filho a ter mais vocabulário. Você pode fazer
isso por meio de brincadeiras: "Qual é o contrário de não?". "O
que vem entre o não e o sim?" (talvez, pode ser, ou mais ou menos...)
"Qual é um jeito mais simpático de dizer não?" ("não,
obrigado").
Você
pode fazer com que o "não" seja menos automático preparando o
"terreno" com uma pergunta boba: "O que um cachorrinho diria se
você perguntasse: 'Cachorrinho, você quer um osso grandão?'". Quando seu
filho responder "Sim!", você pode entrar com a pergunta a que queria
chegar: "E o que você diria se eu te perguntasse: 'Quer um
hambúrguer?'" Com um pouco de sorte, seu filho estará achando tudo
engraçado e vai se esquecer de dizer o fatídico "não".
Use
o "não" com moderação.
Uma
criança pode estar com fixação pelo "não" em parte porque ouve isso a
todo o momento dos adultos, situação relativamente frequente. Se esse for o seu
caso, tente economizar nos "nãos" que fala para o seu filho. Use
palavras alternativas sempre que possível. Uma tática é usar frases mais
específicas para a situação, como: "Nunca se bate no gatinho", ou
"Abaixe a voz, por favor", "Tire a mão daí", "Venha
brincar perto de mim".
Seja firme quando necessário
Haverá
momentos em que, por mais que você se esforce, será inevitável brigar com seu
filho. Se ele parar no meio da rua e se recusar a andar, por exemplo, você vai
ter de tirá-lo dali, e rápido, não só por questão de segurança, mas porque,
mesmo tendo vontade própria, a criança não pode exercê-la sempre e em todo
lugar, pois isso pode causar muita confusão.
Assim,
não há problema em dizer ao seu filho, de vez em quando, que aquele não é o
momento em que ele pode fazer escolhas. "Não é hora de ficar escolhendo.
Sei que você não gosta disso e sinto muito, mas tem de ser assim". E você
ainda pode explicar: "Porque eu sou a mamãe (ou o papai) e meu trabalho é
cuidar de você. E ponto final".
Fonte: http://brasil.babycenter.com/a3400350/teimosia-o-que-fazer-quando-seu-filho-s%C3%B3-diz-n%C3%A3o
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