Parece
que o mundo todo gira em torno do seu filho? Pois é, é exatamente isso que ele
acha. Durante vários meses daqui para frente, a criança vai pensar quase só em
si mesma. É por isso que emprestar o brinquedo ou dividir a bolacha é tão
difícil. Ela ainda vai ser egocêntrica assim por algum tempo.
Basta
você observar seu filho brincando junto com algum amiguinho. Dificilmente ele
parecerá interessado em realmente interagir com a outra criança.
Você,
por outro lado, continua sendo a pessoa mais importante da vida do seu filho.
Ele vai continuar exigindo bastante a sua presença -- principalmente agora que
está começando a andar e a fazer com que você corra literalmente atrás dele o
tempo todo.
Por
outro lado, ele já começa a passar alguns minutinhos sozinho, desde que consiga
ver você.
Brincadeiras e medos
Brincar
com seu filho o ajuda a desenvolver a capacidade de interagir com outras
pessoas. Capriche em uma sessão de pega-pega, por exemplo. Outra boa
brincadeira é pedir que ele aponte partes do corpo: "Cadê o umbigo?".
Especialistas acreditam que esse tipo de jogo ajude a reforçar para a criança
que ela é uma pessoa independente dos pais.
Nessa
fase, a criança pode demonstrar certa timidez ou até medo de estranhos. Esse
tipo de nervosismo é bem normal, principalmente com pessoas que ele não conhece
bem. Pense que ele está apenas mostrando que sabe a diferença entre quem
conhece e quem não conhece, e que isso faz parte do desenvolvimento.
Além
de pessoas estranhas, seu filho pode começar a demonstrar medo de barulhos
altos (do liquidificador ou do aspirador de pó, por exemplo), de água (da
banheira, da piscina ou até da descarga do vaso sanitário) e de animais. Caso
isso aconteça, respeite o medo dele, mesmo que isso signifique uns dias de
"banho de gato", e aos poucos vá promovendo maior convivência com o
motivo do medo.
Vale
transformar a coisa em brincadeira: se o medo é de cachorro, bata um papo com
um cãozinho de pelúcia. Se é de liquidificador, deixe-o apertar o botão sob sua
supervisão, para que ele se sinta importante.
Comportamentos imprevisíveis
Do
nada seu filho, tão bonzinho, resolveu começar a gritar como um maluco? Ele
está explorando o mundo, seus próprios órgãos e o poder que exerce sobre você.
É assim que ele vai descobrir quais comportamentos são aceitáveis e quais não
são.
Você
pode dar a ele uma chance de extravasar toda essa energia, como numa boa guerra
de almofadas (leves, e num lugar onde não haja nada frágil). Massinha de
modelar, de preferência antialérgica, é outro veículo possível para as
explorações dele. De vez em quando, deixe-o brincar livremente na água: uma
bacia no quintal ou até dentro do box vale, sempre debaixo dos seus olhos
atentos.
Talvez
a disposição para comer também seja afetada. Se ele comia bem as sopinhas e
papinhas, agora pode começar a recusar a "comida de gente grande".
Fique calma, porque o apetite diminui mesmo um pouco nesta fase, muito porque
seu filho está tão interessado em explorar o mundo que mal sobra tempo para
pensar em se alimentar. E ele quer ter o poder de escolher o que vai comer.
Recusando colo?
Como
assim? Tudo culpa do gostinho de liberdade! Agora ele já pode se locomover
sozinho, seja engatinhando, seja andando, e não vai querer abrir mão desse
direito. Mantê-lo no carrinho ou de mãos dadas num lugar cheio de gente pode
ser especialmente difícil.
As
quedas serão inevitáveis, mas procure não se desesperar. Não dá para evitá-las
totalmente, e andar em superfícies irregulares, como degraus (só um ou dois),
areia ou tapetes, pode parecer perigoso, mas é um ótimo treino para os pés do
seu filho.
Uma
boa ideia é fazer a seguinte brincadeira: você caminha na frente da criança e
de repente finge ter tropeçado e cai no chão. Ela vai se divertir à beça com a
comédia e perceberá que adultos também estão sujeitos aos tombos da vida.
Sapatos
ainda não são essenciais, exceto em superfícies em que a criança possa se
machucar. Não compre sapatos grandes demais -- o ideal é deixar um espaço de
cerca de um dedo entre o dedão e a ponta do sapato. Se você não consegue sentir
o dedão, é porque o sapato é duro demais para uma criança desta idade.
E,
já que o negócio do seu filho é chão, incentive-o a treinar novos movimentos,
caso ele esteja andando firme. Mostre como se abaixar e levantar para pegar
coisas interessantes do chão, agachando e ficando de pé sem precisar segurar em
nada. Se seu filho ainda não anda, calma. Resista à tentação de colocá-lo num
andador, pois esses equipamentos não são recomendados por especialistas.
Comunicação cada vez melhor
Com
1 ano e 1 mês, as crianças costumam ter um vocabulário de três ou quatro
palavras ("mamá" e "papá" são bons candidatos), mas não se
preocupe se seu filho ainda não disser nada. A aquisição da linguagem nessa
fase é passiva: elas ouvem tudo e vão arquivando, para usar mais tarde.
Mesmo
que ainda não fale, seu filho vai mostrar o que quer -- apontando, virando a
cabeça, ficando mole como minhoca para ir para o chão.
Converse
com a criança o tempo todo, numa voz "adulta", contando o que está
fazendo. Músicas acompanhadas de gestos fazem sucesso com os pequenos (como
"Fui morar numa casinha, nha, nha / infestada, da, da / de cupim, pim,
pim...").
Ela
começa a perceber as diferenças na entonação, e "conversa" com você,
mesmo sem dizer nenhuma palavra inteligível.
Teste e aviso
Para
ver se seu filho já compreende o conceito de que os objetos continuam existindo
mesmo que não estejam à vista, coloque um brinquedo embaixo do sofá, da cama ou
de um pano, na frente dele, e veja se ele vai procurá-lo no lugar certo. É com
esta idade que as crianças começam a perceber que a coisa não sumiu só porque
deixou de ser visível.
E
cuidado: ele está louco para encaixar uma coisa dentro da outra e apertar
qualquer tipo de botão, para ver o que acontece. Atenção às tomadas, aos
aparelhos eletrônicos e na cozinha, para evitar acidentes.
Fonte:
http://brasil.babycenter.com/toddler/desenvolvimento/treze-meses/
Nenhum comentário:
Postar um comentário