Seu
filho está se especializando em teimosia. De repente reclama da roupa que você
escolheu, ou do sapato, ou decide que só quer comer macarrão, ou faz questão de
colocar água no copo sozinho, mesmo que vá fazer a maior molhadeira. Ele faz
isso porque está experimentando coisas novas e observando na prática o que dá
certo e o que não dá.
Se
parece que você passa o tempo todo dizendo "Não!" ou
"Cuidado!", procure dar uma arrumada no ambiente em que ele fica para
torná-lo menos preocupante e diminuir o nível de estresse em casa. Reserve um
espaço livre com alguns brinquedos seguros (como bolas) para que a criança
possa explorar à vontade.
Pode
ser que você tenha jurado, num passado distante, que não ia mudar a cara e a
decoração da casa quando tivesse filhos. Mas pense bem: vale a pena ficar
dizendo não a cada segundo? Ou tendo calafrios a cada "fina" que ele
tira da quina da mesinha de centro?
Tirar
enfeites frágeis e objetos delicados do alcance do seu filho vai facilitar a
sua vida, não só a dele. A mesma recomendação vale para lugares que vocês
frequentam muito, como a casa dos avós.
Sinais de agressividade
Nesta
fase podem começar a surgir indícios de agressividade, principalmente entre
irmãos ou amiguinhos da mesma idade. É mais provável que a agressão seja
causada pela frustração da criança, e não por maldade.
Com
1 ano e 2 meses, as crianças ainda não entendem o que as outras pessoas sentem,
ou seja, não são capazes de empatia. Para elas, os outros amigos não passam de
objetos. Não é egoísmo: todo mundo é assim nesta idade.
Para
seu filho, é interessantíssimo observar que, quando puxa o cabelo da colega,
ela dá um grito engraçado. É o mesmo tipo de experiência que ele começou a
fazer há alguns meses, de jogar o brinquedo ou a comida no chão só para ver o
que acontecia.
Quando
ele estiver brincando com outras crianças, fique por perto para interferir
quando necessário. O melhor jeito é dizer "Não pode bater, porque
machuca!" e tirar a criança da situação. Os especialistas afirmam que não
adianta bater de volta. Procure não dar muita atenção ao mau comportamento,
porque senão seu filho pode começar a repeti-lo de propósito.
Aprendendo a viver em grupo
Se
seu filho não tem irmãos nem vai à escola, é uma boa ideia começar a levá-lo a
lugares onde possa conviver com outras crianças: uma praça, um parquinho, até o
shopping. Aos pouquinhos, ele vai começar a ver que é divertido brincar com os
outros.
O
conselho também é válido para crianças mais tímidas. Exponha-a a lugares com
mais gente, mesmo que seja o supermercado. Ao mesmo tempo, esteja por perto, dê
segurança, segure-a no colo se vir que está assustada e não a passe para os
braços de outra pessoa se ela não quiser (a menos que seja necessário, é
claro). Com o tempo isso vai melhorar.
A prática faz a perfeição no desenvolvimento físico
Seu
filho vai melhorar a cada dia que passa na arte de andar. Enquanto uns estão
adquirindo firmeza, ou nem tomaram coragem para andar sem apoio, outros já
conseguem "brecar" e retomar a velocidade, ou até se abaixar para
pegar alguma coisa no chão, sem se apoiar em nada.
Com
1 ano e 2 meses, as crianças gostam de arrastar objetos de um lugar para o
outro: experimente deixar seu filho fazer isso com caixas leves. Talvez ele já
consiga brincar, sentado no chão, de rolar uma bola para você -- e tentar pegar
quando você rolar de volta. Quem sabe você consiga entretê-lo por incríveis ...
cinco minutos com essa brincadeira!
Se
seu filho ainda não está andando, tenha calma, porque há muita variação nesta
idade, e certas crianças demoram mais sem que haja nada errado com elas.
Uma
ideia é usar aqueles brinquedos que são uma espécie de carrinho, que a criança
pode empurrar, apoiando-se para andar (mas não o andador, daqueles de ficar
sentado dentro, pois eles podem causar acidentes e até atrasar o
desenvolvimento do andar).
Com a mão em tudo
É
pelo toque que seu filho absorve a maior parte das informações sobre o
ambiente. Pense duas vezes então antes de dizer "Tira a mão daí" para
tudo. Faça o contrário: ofereça texturas diferentes para ele sentir. Nada
complicado: uma fita de cetim, uma lixa de unha, uma pedra.
Dá
até para fazer um jogo: pegue pares de itens desse tipo (duas fitas, duas
pedras, duas lixas). Ponha uma de cada coisa dentro de um saco. Por exemplo,
mostre a fita para seu filho, deixe-o senti-la nas mãos e depois peça a ele que
enfie a mão no saco, procurando a textura igual, sem olhar.
Para
aperfeiçoar a coordenação motora fina, brinquedos de empilhar são ótimos, além
de atividades que não são bem brinquedos: manusear fechos, por exemplo. Eles
adoram abrir e fechar qualquer coisa -- só fique de olho para ver se não há
risco de prender o dedo.
Palavras novas
Toda
vez que seu filho aprende uma palavra nova, vai querer repeti-la sem parar. Se
ele aprendeu a dizer "au-au", vai procurar cachorros o tempo todo,
vai querer ver figuras de cães nos livrinhos... Aproveite o interesse para
contar histórias e conversar bastante com ele.
Outro
fenômeno é que ele vai começar a repetir palavras mesmo sem saber o que elas
significam. É nessa hora que pode escapar um palavrão bem cabeludo da boca do
seu anjinho...
Brincadeiras
de esconde-esconde continuam sendo um grande sucesso. Experimente, por exemplo,
colocar um brinquedinho em um dos bolsos da roupa que seu filho está vestindo,
e veja como ele se entretém tentando recuperá-lo.
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