À
medida que se aproxima dos 2 anos, seu filho começa a demonstrar interesse em
pôr e tirar as próprias roupas. Camisetas folgadas, casacos, jaquetas e pijamas
de zíper são os itens mais fáceis para praticar. Muitas crianças gostam de
brincar com as roupas também, então facilite a sua vida e já separe peças como
chapéus ou lenços velhos para deixar à disposição.
Outra
novidade é que agora ele já consegue abaixar para pegar alguma coisa sem ter
que agachar. Ele vai tentar ficar de pé na ponta dos pés e pular tirando os
dois pés do chão. Prepare também o coração para as inúmeras subidas e descidas
de escadas sem que seu filho queira ajuda nenhuma (mais uma maneira de provar o
gostinho da independência).
Cérebro afiado
Com
1 ano e 11 meses, muitas crianças têm maturidade cerebral e coordenação motora
para montar um quebra-cabeça de três a seis pecinhas (daqueles bem básicos de
madeira para encaixar animais ou formas, por exemplo). Algumas já esboçam
desenhos de círculos (sem muita definição da forma, claro) e linhas verticais e
horizontais.
Incentive
o desenvolvimento dessas habilidades tendo à mão giz de cera e tinta (use
sempre materiais apropriados para crianças e com selo de qualidade do Inmetro)
para fazer arte. Participe das brincadeiras escrevendo e desenhando também,
assim seu filho assistirá e terá vontade de copiá-la.
Outras
atividades que exercitam a comunicação do cérebro com as mãos incluem encher e
esvaziar vasilhas de água, medir e colocar a comida do cachorrinho no prato
dele ou amassar massinha (vale também massa de pão de verdade) para fazer bolas
ou minhocas. É bem provável que a criança se molhe ou se suje, mas os ganhos
compensam.
A
partir de agora, seu filho demonstrará mais interesse em brincar com outras
crianças e imitá-las. Se tiver irmãos mais velhos, não se surpreenda de vê-lo
seguindo o irmão ou irmã o dia inteiro. Ele vai tentar fazer a cesta no
basquete ou ninar a boneca do mesmo jeito, e poderá tentar conquistar o amor do
irmão oferecendo sua própria bolacha ou algum outro "bem" de grande
valor.
Caso
esteja grávida de novo, os especialistas recomendam contar à criança sobre o
bebê com, no máximo, três ou quatro meses de antecedência. Nessa altura, sua
barriga já terá crescido e o nascimento não estará tão longe assim para uma
criança que ainda não entende direito o conceito de futuro.
Elogio na medida certa
Ele
já começou a se referir a si próprio pelo nome ou pelo pronome "eu"?
Essa é uma indicação importante de que seu filho passou a entender que é uma
pessoa diferente e separada de você.
Aproveite
todas as oportunidades para elogiar algo que ele tenha feito sozinho, o que só
vai incentivar a autoconfiança.
Tente
evitar comentários genéricos do tipo "Que menino sabido!" e fale
especificamente sobre o feito do momento: "Adorei o jeito que você
empilhou os bloquinhos para fazer essa torre tão grande".
Comportamento: apego e medos
Se
aquela criança destemida e independente de repente não quer largar de você nem
por um minuto, não se preocupe. Nesta idade, esse tipo de comportamento pode
simplesmente indicar uma imaginação fértil. Às vezes é o aspirador que vira um
engolidor de crianças ou é o monstro que se esconde debaixo da cama
(especialmente depois da transição do conforto e segurança do berço para uma
caminha maior).
Esses
medos podem parecer irracionais para você, mas, para uma criança que está
começando a notar o mundo, são extremamente reais. Procure não menosprezar os
temores do seu filho (faça, por exemplo, uma busca pelo tal do monstro embaixo
da cama) e sempre converse sobre o que o aborrece tanto.
Lembre-se
ainda de que a imaginação pode ser grande, mas o vocabulário de uma criança
ainda não é, então às vezes caberá a você decifrar a fonte do medo.
Não
esqueça também aquela velha lição seguida com bebês menores: quando for sair,
diga aonde vai, explique quem cuidará dele e dê um tchau rápido, sem estender e
fazer drama. Se possível, antes de sair, envolva-o em uma atividade com a
pessoa que ficará cuidando dele.
Crianças
de quase 2 anos costumam obedecer ordens simples como "Venha aqui para eu
botar o seu tênis" ou "Pega o copinho para a mamãe". Elas falam
cerca de duas dúzias de palavras de forma mais clara e muitas outras ainda não
tão fáceis de entender -- e por isso nem soam como palavras de verdade. Mas
logo logo o vocabulário vai crescer tanto que você nem vai mais conseguir
lembrar de todas as gracinhas que ele diz.
Seu
filho pode dizer frases curtas como "Cabô mamá" ou "Qué
papá" e responder a perguntas como "Qual é o seu nome?" e
"Como é que o cachorrinho faz?". Você já não terá mais que adivinhar
tanto o motivo dos choros, porque ele aprendeu a utilizar as palavras (mesmo as
que inventou ou "adaptou") para expressar sentimentos e sensações.
Outro
conceito que começa a ser entendido é o de opostos, como pequeno e grande ou
pouco e muito. Aproveite para mostrar figuras e ilustrações em livros, porque a
leitura é uma das melhores formas de aprimorar a linguagem. Procure histórias
em que haja vários objetos, tanto familiares como outros mais novos. Ao ler,
faça uma pausa de vez em quando e pergunte algumas coisas sobre o livro
("O que o gatinho está fazendo? "Cadê o menino?").
Fonte: http://brasil.babycenter.com/toddler/desenvolvimento/vinte-tres-meses/
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