Desenvolvimento físico: ainda os dentes...
Os
últimos dentes-de-leite, quatro segundos molares, geralmente aparecem entre os
2 e quase 3 anos, e sua chegada costuma ser bastante dolorida devido ao tamanho
maior e ao "estrago" para irromper a gengiva. Às vezes a criança fica
até febril e volta a acordar no meio da noite, depois de já ter superado essa
fase.
Felizmente,
a dor não dura mais que um ou dois dias para cada dente. Enquanto o incômodo
não passa, é possível que seu filho queira morder ou chupar alguma coisa em
busca de alívio, então tenha à disposição mordedores gelados ou até uma
toalhinha úmida congelada ou quente (não excessivamente).
Se
os sintomas estiverem muito ruins, converse com seu pediatra sobre o uso de
alguma pomada tópica para ajudar. Felizmente, na maioria das crianças a fase
chata passa logo.
Peso e altura
Com
a aproximação dos 3 anos, o corpo da maioria das crianças já não tem mais
aquela aparência gordinha e o tronco fica mais longilíneo, "fininho".
Com isso, dá para saber se o peso do seu filho está adequado? Provavelmente, o
pediatra terá como mostrar a você uma tabela ou um gráfico com o progresso do
peso e da altura ao longo dos anos e comparado à média das outras crianças.
Outro fator que levará em conta é a herança genética da família.
Mesmo
assim ainda é cedo para se preocupar demais com excesso ou falta de gordura.
Uma criança gordinha ou magrinha não necessariamente indica que tipo de corpo
terá quando adulta. O mais importante é se certificar que a alimentação do seu
filho seja saudável e variada e que ele tenha oportunidade de correr e brincar
bastante.
É
verdade que, dada a crescente taxa de obesidade infantil no mundo, mesmo em
países antes mais marcados pela desnutrição, como o Brasil, os médicos têm
buscado identificar cada vez mais cedo crianças em risco e realizar
intervenções no estilo de vida para evitar o ganho de peso além da conta.
Um
dos vilões do sobrepeso nesta idade geralmente é o acesso irrestrito a leite,
sucos e refrigerantes. Crianças de 2 anos não precisam de mais que 500 ml de
leite e 250 ml de suco (de preferência natural) por dia -- e, quanto aos
refrigerantes, eles não trazem nenhum benefício à saúde.
Doces
e salgadinhos também têm de ser limitados. Além de contribuir para o aumento de
peso, acabam "deseducando" a criança em termos alimentares.
Desenventoolvim emocional e social: medos
Uma
imaginação fértil, marco de crianças desta idade, é terreno ideal para criar
monstros, fantasmas, dragões e outras criaturas misteriosas que costumam
aparecer na calada da noite. O medo do escuro é também comum de ocorrer quando
a mente de uma criança se torna capaz de inventar suas próprias histórias. Dá
pena de ver seu filho tão assustado, mas saiba que esses medos são na verdade
sinal de um sofisticado desenvolvimento cognitivo.
Procure
acalmá-lo sem fazer pouco do que ele está sentindo ou contando. Não há nenhuma
lógica, então embarque na fantasia dele e vá para o quarto em busca de algum
objeto real que possa estar fomentando o medo. Às vezes uma sombra esquisita
fica com cara de monstro e uma pequena fonte de luz no quarto ou corredor já
resolve o problema.
Além
de muito carinho e atenção, uma boa rotina da hora do sono ajudará seu filho a
se desligar mais facilmente de todas as emoções do dia.
Quem manda aqui sou eu!
De
repente, junto com todas aquelas novas palavras tão engraçadinhas pode aparecer
também um novo traço de personalidade: a criança mandona! "Limpa aqui,
mamãe!" ou "Papai, senta" são frases típicas.
A
criança tem a percepção de que é o centro do universo, então nada mais natural
do que acreditar que todos vivem em função dela. Embora não dê para argumentar
contra isso neste momento, você pode e deve mostrar como é o jeito educado de
tratar as pessoas, sempre incentivando seu filho a dizer "por favor",
em um tom de voz gentil, quando quer alguma coisa.
Em
algumas circunstâncias, tais atitudes servem mais como tentativas de obter
atenção. Pode ser que uma exigência seja só uma maneira de indicar que ele quer
ser ouvido ou quer que alguém brinque com ele naquele instante. De novo vale a
ocasião para ensinar boas maneiras e para explicar que nem sempre você pode
atendê-lo imediatamente, mas que o fará assim que possível (e faça!).
Desenvolvimento da linguagem: palavras ofensivas e
palavrões
Você
nem se cabia de tanto orgulho pelas gracinhas que seu filho vinha falando até
que um belo dia ouviu uma coisa chocante: ele chamou você de burra! Pense bem,
era inevitável que isso acontecesse, já que ele está cercado por adultos que
xingam no trânsito, irmãos e colegas mais velhos trocando insultos e programas
de TV não necessariamente indicados para a sua faixa etária. Além disso, quando
chama alguém de "cabeça-de-cocô", acaba provocando risadas na
família.
O
jeito mais rápido de acabar com esse tipo de linguagem é ignorá-la. Se você
ficar muito brava, vai acabar mostrando como certas palavras são poderosas e só
levando-o a repeti-las sem parar. E prepare-se também, porque às vezes antes de
a palavra morrer de vez ela vai ser falada mais do que nunca!
Fonte:
http://brasil.babycenter.com/a3400548/a-crian%C3%A7a-de-2-anos-e-9-10-meses
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