sábado, 2 de julho de 2016

Estudo revela que Paracetamol na gravidez aumenta autismo e hiperatividade

Olá seguidores do Bloguinho!
Tudo bem com vocês? Espero que sim. Hoje vamos tratar de um assunto sério e muito importante. Boa leitura a todos!

Um estudo revelado na revista International Jornal of Epidemiology sobre a pesquisa realizada pelo Instituto de Salud Global (ISGlobal), em Barcelona, confirma que a exposição ao paracetamol durante a gestação pode aumentar os sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA), bem como sintomas da hiperatividade em crianças. A pesquisa revela que o paracetamol (acetaminofeno), tem forte associação com sinais do autismo em meninos e déficit de atenção e/ou hiperatividade em ambos os sexos.


Jordi Júlvez, pesquisador do ISGlobal e coautor da pesquisa revela que esse é o primeiro estudo que descreve a ligação independente  entre o uso deste fármaco durante o pré-natal e os sintomas do TEA em crianças. Também é a primeira análise que sugere distintas implicações do paracetamol sobre o neurodesenvolvimento conforme o sexo da criança.

Durante a realização da pesquisa, ao comparar crianças do sexo masculino e feminino expostos ao uso constante do paracetamol com os não expostos, notou-se um aumento de 30% do risco para algumas funções da atenção, e um crescimento nos sintomas do espectro autista no caso das crianças apenas do sexo masculino.

Foram recrutadas 2.644 duplas de mãe e filho da Espanha para a pesquisa. Algumas crianças eram avaliadas quando possuíam um ano de idade, outras aos cinco anos. As mães respondiam com que frequência haviam ingerido o paracetamol na gestação (Nunca, esporadicamente ou frequentemente).

Em 43% dos casos de crianças avaliadas com um ano e em 41% avaliadas aos cinco anos, a exposição ao paracetamol ocorreu em algum momento durante as primeiras 32 semanas de gestação. Quando avaliadas aos cinco anos, as crianças expostas obtinham 40% mais chances de sintomas de impulsividade e hiperatividade do que os não expostos. Crianças expostas de forma frequente mostraram pior rendimento no K-CPT (exame que mede a falta de atenção, impulsividade e a velocidade de processamento visual). E os meninos expostos de maneira persistente ao paracetamol exibiram um aumento de dois sintomas do Transtorno do Espectro Autista, comparando-os aos meninos não expostos.

Segundo a principal autora do estudo, a médica Claudia Avella-García, o fato de o cérebro masculino parecer mais vulnerável a influências danosas durante os primeiros períodos da vida explica a relação ao aumento de sintomas do espectro autista só em meninos.

"O paracetamol poderia ser prejudicial para o desenvolvimento neurológico por várias razões. Em primeiro lugar, ele alivia a dor ao atuar sobre os receptores de canabinóides do cérebro. Dado que estes receptores, normalmente, ajudam a determinar como os neurônios amadurecem e se conectam entre eles, o paracetamol poderia alterar estes processos", detalhou Júlvez.

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