Desenvolvimento físico: controle dos movimentos
Com
melhor controle dos movimentos, seu filho brinca agora com objetos menores
(mas, ainda assim, tome muito cuidado com o tamanho dos brinquedos, porque eles
podem facilmente ir parar na boca e engasgá-lo) e realmente consegue construir
coisas, em vez de só bater para derrubar.
Às
vezes a brincadeira está tão gostosa que ele vai ficar bravo se for
interrompido. Para facilitar as coisas para vocês dois, dê um aviso antes de
que já está quase na hora de terminar ("Pode brincar mais cinco minutos e
depois vamos jantar."). Procure ser flexível antes de dar
"ultimatos" e ficar em uma posição difícil de voltar atrás.
Brincadeiras de desenvolvimento
Às
vezes seu filho mais parece um cientista, de tanta concentração e persistência.
A verdade é que existe uma espécie de programação interna para que a criança
faça certas coisas inúmeras vezes, a fim de aperfeiçoar suas habilidades
motoras.
Isso
explica, em parte, por que ele não consegue parar de pular em cima do sofá
mesmo depois de inúmeros apelos. É quase como se houvesse um instinto natural
para continuar repetindo a ação.
Uma
boa maneira de treinar a coordenação motora é através daqueles brinquedos de
puxar ou empurrar, como patinhos ou jacarés (há tipos de plástico e de
madeira); para a chamada coordenação motora fina, quebra-cabeças com pecinhas
que tenham pinos para encaixar são ideais, assim como bonecos com roupas para
pôr e tirar.
A
repetição das brincadeiras também serve para construir as estruturas do cérebro
e entender como o mundo funciona. É exatamente isso que acontece quando uma
criança empilha e destrói uma torre de blocos mil vezes ou fica paralisada
diante de um esguicho jorrando água ("Que será que acontece com a
água?", pensa. "E se eu pegar e jogar para cima? E se cair na
grama?").
Desenvolvimento emocional e social: interação com
outras crianças
O
interesse por outras crianças vai ficando cada vez maior. Embora possa parecer
que estão basicamente se ignorando ou, pior, só briguem, essas primeiras amizades
são bem reais para o seu filho. Elas também ajudam a treinar as habilidades
sociais e acrescentam variedade de interações na rotina.
As
crianças que já frequentam escolinhas ou creches podem até já ter um amigo
preferido ou outro. No caso das que ficam em casa, é importante levá-las a
parques ou convidar outras crianças para brincar, assim criam-se oportunidades
para convivência.
Para
facilitar o contato e evitar brigas, procure manter o grupo de crianças
pequeno. Uma boa regra é que o tamanho do grupo não ultrapasse a idade do seu
filho (por exemplo, crianças de 2 anos brincam melhor em duplas). Outra coisa
importante é que o tempo da brincadeira não deve ser longo -- de meia a uma
hora no máximo.
Evite
brinquedos quando puder, já que eles tendem a levar a sentimentos de posse e
conflitos. Use a palavra "amigo" sempre, falando dos seus próprios e
dos do seu filho.
Desenvolvimento da linguagem: gramática correta
Todos
os dias, novas palavras e significados são absorvidos por seu filho. Isso
porque até os 2 anos o cérebro processa novos sons mais rápido do que nunca. Já
colocar palavras em perfeita ordem dentro de uma frase é outra história… O
aprendizado das complexidades gramaticais leva tempo (pense em quantos adultos
têm dificuldade para falar bem a nossa língua).
A
questão é que você não precisa ensinar gramática para seu filho (embora deva
sempre falar de forma correta e não ficar repetindo as palavras erradas dele).
Por incrível que pareça, entre 2 e 3 anos de idade, as crianças simplesmente
aprendem o uso correto de verbos, pronomes, preposições e concordâncias apenas
ouvindo e praticando. Os padrões da língua são automaticamente
"classificados" pelo cérebro e arquivados para referências futuras.
Daqui
para a frente, você vai notar como seu filho passará a dizer "eu
qué", em vez de "Lucas qué" ou como colocará as palavras no
plural. Os erros e confusões gramaticais continuarão, no entanto, por alguns
anos. Lembre-se de que o português é uma língua cheia de particularidades e
exceções.
Será que é hora de aprender outra língua?
Com
tanta cobrança por excelência no mundo, você já deve ter se perguntando se vale
a pena começar a ensinar outra língua para seu filho, colocando numa escola
bilíngue, por exemplo. Há sim indícios de que as crianças aprendem uma língua
estrangeira com mais facilidade nos primeiros anos de vida e que conseguem
literalmente ouvir seus sons melhor do que adultos ou adolescentes.
O
problema é que a forma ideal de aprender uma língua é através de conversação
com alguém nativo, e aulas algumas vezes por semana são menos eficientes. A
repetição ao longo do tempo também é chave para que ele retenha as informações
aprendidas.
Por
exemplo, uma criança que faz aulas de inglês por alguns anos durante a infância
não necessariamente será fluente aos 18 anos. Mesmo assim, algumas pesquisas
indicam que o simples fato de ter exercitado o cérebro nesta área pode trazer
benefícios.
Fonte: http://brasil.babycenter.com/toddler/desenvolvimento/vinte-sete-meses/
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